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Estágio e carreira

COP30: cresce a demanda por profissionais especializados em ESG

Crescem as oportunidades para profissionais de Administração, especializados em ESG, que desejam atuar em gestão sustentável e responsabilidade corporativa. Saiba mais!

4

minutos de leitura

19/11/2025

A COP30, conferência climática da ONU, que acontece em Belém (PA), está recolocando o Brasil no centro das discussões sobre o futuro do planeta. Líderes de todo o mundo estão aqui reunidos para debater estratégias que evitem uma crise ambiental ainda maior e garantam um modelo de desenvolvimento mais equilibrado.

Ao mesmo tempo, o ESG — sigla em inglês para Environmental, Social and Governance — se consolida como um dos pilares da gestão moderna. Empresas de todos os portes têm percebido que seu sucesso depende de práticas sustentáveis, éticas e transparentes.

Nesse contexto, cresce a procura por profissionais capazes de unir propósito e resultado dentro das organizações. E é justamente aqui que os administradores ganham protagonismo.

Afinal, eles são os responsáveis por planejar, gerir e transformar em ação as metas que aproximam as organizações de um futuro mais sustentável. Veja a seguir tudo que você precisa saber sobre esse assunto!

COP30 e o fortalecimento da agenda ESG global

Há 33 anos, o tratado da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) foi assinado na Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro. Desde então, os países se reúnem anualmente para definir compromissos e cobrar resultados concretos.

Assim, a COP30 estar acontecendo na Amazônia tem um significado especial. O evento simboliza o retorno do Brasil à liderança das discussões ambientais, sendo a escolha de Belém uma afirmação tácita de que as florestas, as comunidades ribeirinhas e os povos indígenas são essenciais para o equilíbrio climático do planeta.

Mas a agenda da conferência vai além da preservação ambiental. Hoje, sustentabilidade também significa justiça social, transparência e governança corporativa. Governos, empresas e instituições financeiras estão cada vez mais interligados nesse esforço global para reduzir emissões, promover diversidade e assegurar que o crescimento econômico aconteça de forma responsável.

E à medida que essas metas se tornam compromissos oficiais, surge uma nova demanda no mercado: profissionais que saibam traduzir esses acordos em ações concretas dentro das organizações.

ESG nas empresas: da teoria à prática

A pressão por práticas sustentáveis deixou de ser apenas um discurso. De acordo com levantamento da ManpowerGroup: 42% das companhias no Brasil afirmam adotar estratégias ESG para se adequarem à legislação, 39% o fazem para reduzir custos e refletir seus valores e 33% para conquistar vantagem competitiva.

Esse movimento, conhecido como walk the talk — “colocar o discurso em prática” — está transformando a estrutura das corporações. Pesquisas do PageGroup indicam que oportunidades na área estão em alta e posições como Chief Sustainability Officer, Chief ESG Officer ou Diretor de Sustentabilidade podem oferecer salários entre R$ 40 mil e R$ 60 mil.

Esses profissionais são responsáveis por definir políticas, estabelecer metas, gerenciar stakeholders e garantir o cumprimento de normas e certificações. É um trabalho que exige tanto visão estratégica quanto domínio técnico.

Empresas como Coca-Cola Brasil, Ambev e Unilever são exemplos de organizações que integraram o ESG à sua cultura de negócios. Nessas companhias, a sustentabilidade não é apenas um setor isolado, mas um componente de todas as decisões — do marketing às operações. Isso exige líderes preparados para enxergar o impacto de cada ação sob os pilares ambiental, social e de governança.

Um novo campo de atuação para administradores

A formação em Administração prepara para planejar, coordenar recursos e medir resultados. Todas essas competências são fundamentais para implementar políticas ESG.

No ambiente corporativo, esses profissionais podem atuar como planejamento estratégico, finanças, RH, operações, marketing ou compliance, entre outras áreas. Sempre com o olhar voltado à sustentabilidade e à criação de valor compartilhada.

Além disso, o domínio de gestão de indicadores, análise de riscos e relatórios corporativos é um diferencial. O administrador que entende de sustentabilidade e sabe conectar resultados econômicos a impactos sociais e ambientais se torna indispensável para qualquer negócio.

Como se preparar para atuar na área

Depois de alcançar seu primeiro diploma, o caminho é seguir para uma pós ou MBA. Isso porque o mercado valoriza profissionais que buscam aprendizado contínuo e se especializam. Entre os conhecimentos mais requisitados estão:

  • Sustentabilidade corporativa e responsabilidade social;
  • Gestão de riscos e compliance ambiental;
  • Economia circular e finanças sustentáveis;
  • Elaboração de relatórios ESG e indicadores de impacto.

Também é importante desenvolver soft skills, como empatia, comunicação, pensamento sistêmico e liderança ética. Essas competências são essenciais para quem precisa conciliar metas de negócio com propósito e impacto social.

No fim do dia, o aprendizado vai muito além da teoria: envolve acompanhar tendências globais, entender regulamentações e participar de projetos práticos que integrem gestão e propósito. Assim, buscar trabalhos voluntários e projetos de extensão para colocar a mão na massa podem destacar o seu currículo.  

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